Já faz um tempo que li Os Diários de Sylvia Plath, até por uma questão de trabalho científico, porém é uma leitura nada científica. Trata-se de um diário escrito por Sylvia desde sua adolescência até tornar-se adulta.
Esses diários foram escritos à caneta, Sylvia tinha uma letra grande e redonda e parecia valorizar essa escrita toda em estilo rococó. Nesses diários, somam-se desenhos, ideias, assuntos para próximos livros, nomes de pessoas que gostava, características de pessoas e todo tipo de assunto que podia lhe passar à mente.
Eram vários diários encadernados separadamente. Com a morte da escritora, o espólio passou ao marido que cuidou de tudo, lançou vários livros de Sylvia, pode-se dizer que Sylvia Plath, a escritora de 2 livros em vida, fez sua imensa obra postumamente deixando tudo organizado.
Para publicar os diários, Ted Hughes, o marido de Sylvia, contou com a ajuda de Karen V. Kukil, com quem eu tive a grata honra de trocar e-mails, sim – ela, me atendeu prontamente para uma espécie de entrevista, algumas perguntas para meu trabalho. Foi muito simpática, afinal ela é uma pessoa muito ocupada e importante do Smith College, de Boston.
E me contou que, The journals of Sylvia Plath – 1950-19621 foi muito aguardado, lançado em 2000 pela Anchor Books, em Nova Iorque. (Ed. Karen V. Kukil), e que, realmente, Sylvia Plath manteve esses diários desde os onze anos até seus trinta anos.
Os Diários de Sylvia Plath falam por si. Karen Kukil, a curadora do Smith College de obras raras recebeu autorização dos filhos Frieda e Nicholas que detinham os direitos autorais das obras da mãe, o qual foi passado pelo pai Hughes que ajudou na orientação do projeto até meados de outubro de 1998.
Esse livro foi lançado no Brasil em 2004, intitulado, Os Diários de Sylvia Plath – 1950-1962, 836 páginas, com tradução de Celso Nogueira. O fato é que esses diários revelam e dão acesso às próprias palavras de Sylvia Plath, em que diz:
Karen V. Kukil em Homenagem para Sylvia Plath |
Os Diários de Sylvia Plath falam por si. Karen Kukil, a curadora do Smith College de obras raras recebeu autorização dos filhos Frieda e Nicholas que detinham os direitos autorais das obras da mãe, o qual foi passado pelo pai Hughes que ajudou na orientação do projeto até meados de outubro de 1998.
Esse livro foi lançado no Brasil em 2004, intitulado, Os Diários de Sylvia Plath – 1950-1962, 836 páginas, com tradução de Celso Nogueira. O fato é que esses diários revelam e dão acesso às próprias palavras de Sylvia Plath, em que diz:
“— Amo as pessoas. Todas elas. Amo-as, creio, como um colecionador de selos ama sua coleção. Cada história, cada incidente, cada fragmento de conversa é matéria-prima para mim. Meu amor não é impessoal, nem tampouco inteiramente subjetivo. Gostaria de ser qualquer um, aleijado, moribundo, [...], e depois retornar para escrever sobre meus pensamentos, minhas emoções enquanto fui aquela pessoa. Mas não sou onisciente. Tenho de viver a minha vida, ela é a única que terei. E você não pode considerar a própria vida com curiosidade objetiva o tempo todo.”2
Sandra Puff
REFERÊNCIAS
1 PLATH, Sylvia. Karen V. Kukil (org.). The journals of Sylvia Plath – 1950-1962. New York: Anchor Books, 2000.
2PLATH, Sylvia. Karen V. Kukil (org). Os diários de Sylvia Plath. Op. cit., 2004, p. 21.