Um livro polêmico e sutilmente apimentado pela eterna dúvida entre o corpo e a alma, Lavoura Arcaica, romance de Raduan Nassar, publicado pela Companhia das Letras, 1975, revela as verdades e conflitos humanos através das personagens André e Ana, irmãos, protagonistas deste romance.
O texto é narrado em primeira pessoa por André ao longo das 196 páginas, divididos em trinta capítulos e dois subtítulos: A Partida e O Retorno, adornados com epígrafes de Jorge de Lima e do Alcorão.
Raduan Nassar é controverso, ao longo de sua escrita literária estão, além do romance Lavoura Arcaica, a novela Um Copo de Cólera (1978) e o livro de contos Menina a Caminho (1997), todos aclamados com grande êxito literário. O autor, nascido em São Paulo, de origem libanesa, cursou Letras, Direito e Filosofia, atuando em diversas atividades. Mas, é na literatura que Nassar é lembrado.
Lavoura Arcaica não é só prestigiado no Brasil, já que ganhou um Jabuti e um prêmio da Academia Brasileira de Letras, mas também na Espanha e na França. Infelizmente o autor desistiu da literatura e escondeu-se na figura de homem do campo
Raduan Nassar faz da linguagem do romance o elo de ligação entre uma narrativa pesada, conturbada, conflitante, mas cheia de lirismo, sensibilidade ao tratar de temas como a eterna luta entre a liberdade e a tradição de costumes.
O romance Lavoura Arcaica estreou no cinema com o título original do livro em 2001, pelo roteirista, diretor e produtor Luiz Fernando Carvalho que define o filme, " é para aqueles que têm feridas na alma e esses vão se reconhecer ali". Feito um comparativo do filme ao romance, nada deixou a desejar, uma vez que o autor soube captar a essência e trajetória intimista das personagens. Usou belíssima fotografia e não fugiu ao texto original. Fica aqui uma das cenas do filme...Imperdível!
Se Raduan Nassar refugiou-se em suas lavouras, ou foge ao cotidiano literário, isso é algo que só a alma do autor sabe ou tenta entender. Para nós fica em Lavoura Arcaica, uma obra prima, um clássico da prosa em que a linguagem alcança lugares inexplorados da nossa mente em que o psicológico transcende ao lógico!
O texto é narrado em primeira pessoa por André ao longo das 196 páginas, divididos em trinta capítulos e dois subtítulos: A Partida e O Retorno, adornados com epígrafes de Jorge de Lima e do Alcorão.
Raduan Nassar é controverso, ao longo de sua escrita literária estão, além do romance Lavoura Arcaica, a novela Um Copo de Cólera (1978) e o livro de contos Menina a Caminho (1997), todos aclamados com grande êxito literário. O autor, nascido em São Paulo, de origem libanesa, cursou Letras, Direito e Filosofia, atuando em diversas atividades. Mas, é na literatura que Nassar é lembrado.
Lavoura Arcaica não é só prestigiado no Brasil, já que ganhou um Jabuti e um prêmio da Academia Brasileira de Letras, mas também na Espanha e na França. Infelizmente o autor desistiu da literatura e escondeu-se na figura de homem do campo
Raduan Nassar faz da linguagem do romance o elo de ligação entre uma narrativa pesada, conturbada, conflitante, mas cheia de lirismo, sensibilidade ao tratar de temas como a eterna luta entre a liberdade e a tradição de costumes.
O romance Lavoura Arcaica estreou no cinema com o título original do livro em 2001, pelo roteirista, diretor e produtor Luiz Fernando Carvalho que define o filme, " é para aqueles que têm feridas na alma e esses vão se reconhecer ali". Feito um comparativo do filme ao romance, nada deixou a desejar, uma vez que o autor soube captar a essência e trajetória intimista das personagens. Usou belíssima fotografia e não fugiu ao texto original. Fica aqui uma das cenas do filme...Imperdível!
Se Raduan Nassar refugiou-se em suas lavouras, ou foge ao cotidiano literário, isso é algo que só a alma do autor sabe ou tenta entender. Para nós fica em Lavoura Arcaica, uma obra prima, um clássico da prosa em que a linguagem alcança lugares inexplorados da nossa mente em que o psicológico transcende ao lógico!
A dialética do ser e do ter. Como diz o próprio autor, "o mundo das paixões é um mundo do desequilíbrio, é contra ele que
ResponderExcluirdevemos esticar o arame das nossas cercas, e com as farpas de tantas fiadas tecer um crivo estreito, e sobre este crivo emaranhar uma sebe
viva, cerrada e pujante, que divida e proteja a luz calma e clara da nossa casa, que cubra e esconda dos nossos olhos as trevas que ardem do outro lado."
Ah, Renata, que grata companhia aqui no blog: nossas discussões sobre literatura, sabe "Cosmopolitan Girl" adoro esse fragmento de Lavoura Arcaica, aliás poderia colocar vários coments com vários fragmentos...heheheh....o próximo comentário será um fragmento dramático e melancólico..rsss Vou ali...abaixo:
ResponderExcluir"...entenda, Ana, que a mãe não gerou só os filhos quando povoou a casa, fomos embebidos no mais fino caldo dos nossos pomares, enrolados em mel transparente de abelhas verdadeiras, e, entre tantos aromas esfregados em nossas peles, fomos entorpecidos pelo mazar suave das laranjeiras; que culpa temos nós dessa planta da infância, de sua sedução, de seu viço e constância? que culpa temos nós se fomos duramente atingidos pelo vírus fatal dos afagos desmedidos? que culpa temos nós se tantas folhas tenras escondiam a haste mórbida desta rama? que culpa temos nós se fomos acertados para cair na trama desta armadilha?"...é o que fica.
ResponderExcluirbjs, Renata