Foto: Meu Acervo |
É na Londres de 1886, que Robert Louis Balfour Stevenson1 escreve uma das mais populares novelas, conhecida com o título original The Strange Case Of Dr. Jekyll and Mr. Hyde, popularmente conhecida como O Médico e o Monstro, famosa narrativa sobre duplos. O tema já havia aparecido na literatura, mas é com Jekyll and Hyde que se aprofunda. O doutor Jekyll, homem elegante numa era vitoriana, rico, de ambições sociais, pessoais e científicas se depara com seu duplo à medida que tenta desenvolver um “pó” que pretende separar seu lado libidinoso, numa época em que a moral era muito rígida, e ter propensão ao prazer ou sensualidade parecia ser um terreno muito perigoso para a sua outra parte pisar, o médico virtuoso, de boa família, cientista, austero que reconhece apenas os pequenos prazeres de amizades masculinas de seu círculo social, uma pessoa tímida, recatada. Cada vez que tomava a poção Jekyll se desdobrava em outro, Mr. Hyde, conhecido pelos becos escuros e, por um pequeno reflexo de iluminação pelos empregados do Dr.Jekyll que o descrevem como um ser malformado, estranho, de olhar impiedoso e grotesco. O médico ao beber sua tão desconhecida fórmula adquire uma outra personalidade, cheio de si, ousado, violento, enganador e destemido de qualquer rótulo social. Seus prazeres se limitam ao sexo, violência desenfreada e nenhum senso moral. Ao passar os sintomas e recobrar sua verdadeira identidade o médico se defronta com variadas situações que, quase põe em xeque sua índole. Por ser único herdeiro de uma família abastada o médico vai creditando cheques às pessoas que por algum motivo foram molestadas, violentadas até que seu duplo começa a ganhar força e fazer cada vez mais perversidades.
O mal é liberado, a conduta perdida e Jekyll cada vez mais se distanciam da pessoa tímida, desejosa de prazeres que somente Mr. Hyde pode oferecer através de sua poção, ou libertado, sua dupla personalidade. Hyde chega a ser repugnante em vários sentidos, até mesmo em seu nome proveniente do inglês assume outra condição em sonoridade, [hidden] – escondido, oculto, ou seja, a outra personalidade embutida à do médico, que genialmente o autor pensa no desdobramento do nome próprio “Jekyll”, soa como [I kill] – eu mato.
Em analogia a Freud dizemos que há um conflito entre o id, como Hyde e o superego de Jekyll, e entre estes, o ego, um estreitamento de Jekyll que se reduz a um limítrofe ínfimo.
De todo há uma enorme necessidade de fazer concessões ao mal, porém é um caminho perigoso e contrário aos pensamentos do médico, não pode ser revertido. O mal adquire forças, ganha terreno, a cada instante se torna o duplo o mais poderoso, aniquilador, usurpador da identidade do doutor Jekyll. E a cada dia que passa Hyde se torna vigoroso, e Jekyll condenado a sua pálida imagem degenerada pela sua bipartição moral. O médico liberou a força em seu estado mais bruto que abrigava em si, porém, não separado. E porque se tornou forte e ciente de sua condição, Hyde chega ao ponto de modificar a fórmula feita por seu refém, agora, o doutor Jekyll. Não podemos deixar de fazer algumas considerações. O doutor Jekyll vê em Hyde sua fissura na alma, um grande avanço na medicina e na cura para seu próprio adoecer. O médico, em princípio, realizou seus desejos mundanos, incapazes em seu estado antes do pó. Havia uma certa realização pessoal nisso tudo, algo que jamais foi capaz de fazer enquanto o honrado médico.
O outro como segunda personalidade, o Dr.Henry Jekyll ciente da dualidade de sua própria natureza, em que coexistiam o bem e o mal, fascinado pela ideia das vantagens que teria, caso estas duas personalidades pudessem aparecer distintamente sob o uso da fórmula cria para si uma personalidade à parte, portadora de todos os seus maus instintos. E sobre a poção ou fórmula, uma vez que Stevenson não nomeia componentes na narrativa, Dr. Henry Jekyll relata: “Eu sabia, desde o primeiro instante da existência dessa nova vida, que eu era mais perverso, dez vezes mais perverso, um escravo de minha maldade original. Essa poção, naquele momento, me animou e agradou como se fosse vinho”.2 É fato, que na época em que o romance foi escrito já havia uma grande preocupação com o uso de drogas, hoje, consideradas ilícitas. Assim como Jekyll se torna um dependente da poção fez-se um paralelo assustador com os viciados em ópio e derivados. Tudo na narrativa de Stevenson é duplo, até mesmo a preocupação entre a mente o e corpo, O Médico e o Monstro é um avant garde ao se tratar das pesquisas científicas que começavam a ser feitas na sondagem da mente humana. Foi até mesmo uma antecipação aos estudos da análise dos impulsos inconscientes feitos por Freud
Stevenson* escreveu essa novela, literalmente, sob o aspecto do duplo, construiu as personagens seguindo uma linha de raciocínio dual, tomou como exemplo seu pai, Thomas, para ser o Dr. Henry Jekyll, homem honrado e a ele próprio, como filho rebelde e conturbado a nomear Mr. Hyde.
“Tusitala”, o contador de histórias, como era chamado pelos primitivos de Samoa, um dos arquipélagos do Pacífico Sul, onde veio a morar fugindo do clima frio que afetava seus pulmões, tuberculose, porém morre precocemente de um acidente cerebral. Era fascinado por um senhor chamado Deacon Brodie, que durante o dia era um exímio trabalhador, marceneiro e a noite, um ladrão, o escritor percebeu essa dualidade no homem, que não bastasse a fascinação, Stevenson comprou um armário feito por Brodie.[olha ai a observação cirúrgica do autor nas pessoas do dia a dia, até para compor uma personagem ou então por puro gosto pessoal, um acolhimento de alguma característica para si, no caso, um mobiliário feito por uma pessoa de índole duvidosa, mas que para Stevenson tinha um certo valor].
Tusitala em Samoa onde passou a morar. |
No decorrer da narrativa todo um dualismo construído dentro do cenário velho em contraste com o novo, ao contrariar a moral de seus pais, o jovem Stevenson frequenta a noite na antiga cidade velha e decadente de Edimburgo, onde nasceu, e muitas vezes como Jekyll, adotava uma identidade falsa, ou um pseudônimo, ou até mesmo as máscaras simbólicas do encobrimento identitário, e circulava por esse mundo mal-afamado. Por outro lado, foi na cidade nova que Stevenson cresceu, e a diferença entre as duas cidades, evocou, no escritor a ideia de divisão entre o mundo de Jekyll e Hyde.
Há todo um contexto dualístico em O Médico e o Monstro, o bem x mal; ciência x dogmas; razão x emoção; cura x doença; matéria x psique; criador x criatura; sistema figurativo: Dr. Jekyll, hipócrita e libertador do monstro x Mr. Hyde, é a própria essência da crueldade, do mal e do egoísmo.
É nesse contexto dual que encontramos a divindade de Jano: um deus de duas caras. Relata Dr. Henry Jekyll:
O estudo a que dediquei minha vida, me fez concluir que o homem é duplo. Ele traz em si, ao mesmo tempo, o gosto de fazer o bem e o prazer de fazer o mal. Eu vejo em mim a inclinação para apiedar-me dos outros e para querer aliviar suas desgraças, mas observei também que às vezes eu aprecio o sofrimento que os aflige. Somos como aquelas máscaras de Jano, que mostram um rosto angelical de um lado, e outro, demoníaco, atrás. O diabo se irrita com o anjo, e o anjo tem vergonha do diabo, e nossa pobre alma é puxada de um lado para outro. O flagelo da humanidade está no fato de que esses dois antagonistas estão ligados um ao outro como irmãos siameses! Essa reflexão orientou toda a minha pesquisa científica. Para aliviar nossa alma, pensava comigo mesmo, não se poderia dividir nossa personalidade em duas? De um lado, nossa consciência inclinada a fazer o mal a ele se entregaria sem o menor escrúpulo; de outro, nossa consciência dedicada a fazer o bem só com este se ocuparia. A pessoa má em nós não nos trataria remorsos; a pessoa boa não encontraria obstáculos em seu caminho para a perfeição. Cada um desses dois seres poderia seguir o seu caminho, livre e desimpedido. Mas como dissociar um do outro? Minhas experiências em laboratório me mostravam que o corpo não passa de uma emanação física dos poderes de nossa alma.3
Com a descoberta da poção, Jekyll se submete à experiência, após vários processos de intensos sofrimentos físicos, Jekyll sente-se bem. O alívio da dor, o mascaramento do sofrimento e enfim, o êxtase como o de um adicto4 na hora do rush5 em busca de seu milagre momentâneo. Henry passa por uma metamorfose e observa-se em frente ao seu denunciador, sua testemunha, o espelho, até então Jekyll nunca teve um espelho em seu laboratório. Foi trazido, unicamente, como o objetivo de mirar-se enquanto acontecia sua transformação, vejamos:
Percebi então que me embaraçava com as minhas roupas e, indo até o espelho, vi refletido o meu duplo mau: eu o batizei de Edward Hyde. Se ele era franzino e muito mais jovem do que o Dr. Jekyll, era porque meus poderes no mal eram poucos desenvolvidos; até aquele dia, eles tinham sido reprimidos. Isso refletia em sua forma física, carnal. [...] E foi assim que adquiri o hábito de me libertar, em algumas noites, de toda restrição moral, na pele de Edward Hyde. [...] Assim de tanto libertar sua monstruosa personalidade, Hyde ia ficando mais forte em mim. Era preciso, na manhã seguinte a essas noitadas, aumentar as doses que me faziam voltar à minha primeira identidade.6
Todas as tentativas de desistir de Hyde foram em vão, era como se o médico precisasse de sua outra personalidade, a segunda, como dizia ele, embora, e necessário fosse, certamente, acabaria com aquele sinistro vício no momento que quisesse, mas, no entanto, era preciso continuar a levar a vida daquele jeito que Edward Hyde o satisfazia. Jekyll deu plenos poderes ao seu duplo e não encontrou o caminho de volta. Todo momento que se faz concessões ao duplo vê-se que aos poucos, nesse caso, se tornou um usurpador da primeira identidade. Hyde se solidifica e Jekyll um mero refém de um duplo que vive e age em Jekyll da forma que bem entende e por se sentir tão bem em seu duplo. Dr. Jekyll protege Hyde, pois está a proteger seu corpo, sua aparência. Após tantos momentos de usurpação de identidade o Dr. Henry Jekyll chega a uma conclusão: “eu era o médico e o monstro. [...] eu e meu duplo”7. Após presenciar que Hyde já havia tomado conta de tudo, nova poção fora criada, modificada, não havia mais retorno do médico dedicado, recluso e sim um corpo que desfalecia a cada dia Jekyll opta por matar seu duplo, porém este ato lhe custaria sua vida. A apropriação indevida de uma segunda personalidade que habitara, agora e quanto o quisesse, seu corpo e espírito o levaram a escolher a morte pelo fato de estar cansado, com o corpo moído cada vez que retornava a ser Jekyll, porém uma pincelada de narcisismo floreia o quadro mortuário do médico. Já se tornara insuportável ver-se ao espelho, seu corpo desgastado por tantas doses da poção, outras mais para desfazer a segunda personalidade, havia tornado um ciclo vicioso que o médico em um lampejo de punição decide o fim dos dois. “Termino meu relato sob a influência dos restos do pó. Este é, portanto, a última vez que Henry Jekyll pode pensar seus próprios pensamentos ou ver seu próprio rosto no espelho”.8
Sandra Puff
*Stevenson junto com Edgar Allan Poe, meus autores preferidos.REFERÊNCIAS
1 STEVENSON, Robert Louis. O médico e o monstro. Tradução de José Paulo Golob, Maria Angela Aguiar e Roberta Sartori . São Paulo: Ática, 2002.
2 SHELLEY, Mary; STOKER, Bram; STEVENSON, Robert Louis. Frankenstein, Drácula, O Médico e o Monstro. Tradução de Adriana Lisboa. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001, p. 684.
3 STEVENSON, Robert Louis. O médico e o monstro. Op. cit., 2002, p.49-50.
4 Adicto: “Viciado”, comumente termo usado pela psicologia e psiquiatria aos usuários de drogas.
5 Rush: “Vontade, fissura” que o adicto sente pela droga.
6 STEVENSON, Robert Louis. O médico e o monstro. Ibid., 2002, p. 50.
7 STEVENSON, Robert Louis. O médico e o monstro. Ibid., 2002, p. 55.
8 STEVENSON, Robert Louis. O médico e o monstro. Ibid., 2002, p. 59.
Agradeço as suas palavras muito amáveis em seu comentário em meu blog.
ResponderExcluirO homem é realmente dual desde o seu nascimento até a vida adulta, luta consigo mesmo, para se desvencilhar de uma série de situações que ora lhe incomoda, ora lhe causa prazer.
Isso é natural é o caminho da evolução.
Um grande abraço.
Oi Sandra, fantástica esta tua blogada minha amiga cheia de cultura!! Adoro vir aqui sabes?
ResponderExcluirTu és pesquisadora/estudiosa e eu admiro muito pessoas assim. São pessoas disciplinadas,insistentes e não dão tiros no escuro rs!
Comentando agora sobre Jekyll e Hyde fico a pensar se o homem é mesmo uma tábula rasa em seu nascimento, sabe? Em outros tempos eu acreditava piamente nesta filosofia, mas hoje, não creio mais nisso. Poedmos atpe nascer brancos, sem máculas, mas nossa história será escrita por nossos atos os 10% incrivelmente desenhados em nosso DNA!
O que achas?
**Amei tua visita no Sweet e te convido a ler minha lenda celta lá no Retratos em Degradê. Qdo tiver um tempo, passa lá. Vai ser um prazer te ver.
beijão e meu afeto!
:)
Olá,Sandra!!
ResponderExcluirUAU!Já vi o filme,mas quero muito ler o livro!!!É impressionante, como podemos encontrar analogias nos clássicos,que se aplicam muito bem em nossos dias.Sempre que me recordo de Dorian Gray, penso nisso...
**Li uma seleção de contos do Edgar, e meu Deus, é de arrepiar!!!!Fiquei presa, totalmente fascinada pela leitura!O conto que mais me assustou foi O gato preto!!rsrsr
Li o livro bem de vagar...me deixava no maior desassossego!!!rsrsr
Beijos querida!!!Adorei passar por aqui!
Querida amiga, quanta generosidade e carinho impresso nos teu comentário.Longe de mim qualquer pretensão.Adoro escrever e juntar palavras para expressar meus sentimentos, pois encanta a minha alma.Ler meu poema e lembrar-se de Carlos Fluentes de Yeats e Wordsworth foi muito além de minhas expectativas.Obrigada!Obrigada!
ResponderExcluirFascinante, minha linda e culta amiga,falar da novela de Robert Louis Balfour Stevenson " O médico e o Monstro".O teu estudo trouxe a tona o intrincado roteiro de uma novela focada na dualidade , na dupla personalidade de um ser humano e a sua luta entre o bem e o mal.Lindo e perfeito estudo!Li esta novela há muito tempo, e deparar-me agora com esta análise sobre o assunto foi muito bom de ler.Parabéns!
Lembrei-me de você ontem, pois aqui em frente a Câmara Municipal, onde trabalho, teve uma homenagem a Cruz de Souza, inclusive foram declamados alguns de seus poemas.
Saio daqui encantada , vestindo o meu sorriso mais bonito de felicidade desejando amiga que tenhas uma semana inspiradora e feliz.Bjs Eloah
Sandra querida,
ResponderExcluirTrabalho de fôlego! Belo! Quero ler o médico e o monstro. Sua análise me fascinou. Parabéns!
Girassóis nos seus dias. beijos.
Olá a Todos!
ResponderExcluirÉlys, eu que agradeço.
Lu, adorei o Sweet, as receitas são demais! Visitarei o site Celta com certeza e obrigada pela força aqui nas palavras. Vale minha vontade mais ainda de fazer o que gosto.
Vivian, você deu uma ótima dica...O Retrato de Dorian Gray nunca sairá de moda, é um clássico de uma patologia fortíssima do ser humano: o Narcissismo..e o pior é que nem percebemos ou sim, né?, como isso vai acabando conosco aos poucos....
Se você quer ver uma versão atual de O Médico e o Monstro, assista: "O Segredo de Mary Reilly"...é a história sobre a perspectiva da empregada do médico, diga-se Júlia Roberts, que o faz super bem, eu adoro...é sombrio...e com John Malkovich...[ e existe muitas, muitas versões, mas essa que citei, acho ótima]
E, sobre o Gato Preto, parece que você advinhou, vou fazer um post sobre o Chat Noir...de Poe...ele é demais, até coloquei o nome do meu filho de Alan, com um "l" só...rsss. Mas tem um conto, entre tantos que adoro "O Retrato Oval", achei impressionante quando o li pela primeira vez..auhauha!
Eloah, querida...nem é pretensão mesmo de sua parte...é apenas ser Poeta, um Dom!
Sempre que leio Poemas sinto as sinestesias e, claro, é aquele instante...como diz Clarice Lispector: "É captar o instante já"...raro fazer comparações, pois os Poemas são tão singulares, concorda? Mas hoje eu li Carlos Fuentes, Yeats e Wordsworth em seus versos. Havia algo de brumas, de estelar e terno...segui a ordem dos autores, foi o que vi nos seus Versos.
Quanto a Cruz e Sousa, agradeço a lembrança e que bom desfrutar desse momento Simbolista genuíno Catarinense!
Bjs,
Sandra, mais um mergulho na enigmática mente humana. Gosto muito de ver como você constrói e desenrola seus estudos minuciosos e muito bem realizados.
ResponderExcluirBeijos e ótima noite!
Na sua evolução biológica, o ser humano prossegue penosamente arrastando sua ancestralidade animal em direção a seu futuro espiritualizado. A carga é pesada, mas não podemos dela nos separar.
ResponderExcluirPrimorosa análise de uma obra complexa, amiga. Parabéns.
AMIGA QUERIDA
ResponderExcluirAQUI SEMPRE ESTAMOS APRENDENDO COM VC.
MAIS ESTOU AQUI PARA TE PEDIR PARA VC DEIXAR A DATA DO SEU ANIVERSÁRIO. POIS QUERO PASSAR PARA A MINHA AGENDA.Olá anjo amigo!
Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear, então que seja
para produzir milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.
Beijos na alma!
BRISA
Oi, Brisa...respondi, antes tarde, não é?
ResponderExcluirAdorei os Cisnes Vermelhos e a Rosa...
Abraço,
Sandra querida,
ResponderExcluirEm minha adolescência li "O médico e o monstro"...mas sob minha perspectiva quase infantil não poderia analisá-lo,só a história me interessava.Vou relê-lo e também "o retrato de Dorian Gray",duas fascinantes histórias.
Sua análise é perfeita e completa.
Bjsssss,
Leninha
Oi Sandra, realmente como ja foi citado em outros comentários, lutamos diariamente contra essa dualidade que existe em nós. Libera-la, como nos mostrou Stevenson, na ficção, pode nos trazer muitos problemas e abalar nossa conciência, como no personagem. Então, buscamos sempre ser, como pessoas, um ser só, uma pessoa só e cumprirmos nossa meta aqui, vivendo a vida que é maravilhosa.
ResponderExcluirOi Sandra!
ResponderExcluirMuitíssimo interessante saber sobre toda esta impressionante "construção" desta obra. O autor pensou nos mínimos detalhes.
Doce tarde querida, beijinhos...
Valéria
Perfeito, Sandra! Ótimo estudo! Gosto muito desse livro. Acredito que tenha sido fortemente influenciado pelo "Frankenstein", de Mary Shelley. Beijos!
ResponderExcluirLi atentamente este seu post e fiquei a saber
ResponderExcluirum pouco mais sobre esta pessoa.
Há quem diga que em blogues não se devem colocar
textos grandes, eu própria já coloquei várias
vezes, mas já me chamaram a atenção que para
blogues se deve usar textos curtos.
Eu, considero que primeiro que nada o blogue
é meu, faço dele quase um diário/arquivo das
coisas que me interessam, que gosto, que são
atuais, ou que disponho de matéria-prima.
Beijinho
Irene
Boa noite meu sapatinho de cristal!
ResponderExcluirAmei sua passagem no meu blog,vc sempre deixa uma mensagem bonita que me faz acreditar sempre em vc.Palavras incentivadoras que me deixa molinha,kkkkkkk
Vc sempre trazendo textos que nos embriaga...já faz alguns anos (período escolar)que li esse livro O Médico e o Monstro.Minha recordação é que era um clássico do mistério,livro de horror e suspense,kkkkkkkk,na época marcou muito,mas esqueci,kkkkkkkkk.Hj só recordo da atmosfera que assustava.
Mas que bom que vc trouxe sua real história...
Quando digo que vc supera,vc não acredita né!
Bjs minha flor de primavera!
Lembre-se que vc continua sendo amada por mim,kkkk,e admirada tbm pela talentosa menina,com jeitinho de quem não sabe nada(sabe tudo)que anda em busca ainda do aprender,kkkkk
Sandra,
ResponderExcluirserá, no mínimo, raso meu comentário neste tão detalhado e brilhante artigo.Pois,trata-se de um verdadeiro mergulho na obra,na biografia do autor e suas correlações sociais e analíticas á seu tempo e trama.Vc faz dedicados e generosos estudos ampliando consideravelmente o conhecimento de quem aqui chega.
Vi o filme há uns anos, mas diante desta tua análise, vou é ler o clássico.Os tremendos conflitos vividos pela personagem remetem a perpétua dualidade humana e a luta travada entre o primitivismo e a civilização.
Há uma passagem citada por um filósofo da antiguidade, que definia:"o destino do homem é ser o cocheiro duma carruagem puxada por sua alma, dois fogosos cavalos selvagens, cada qual puxando as rédeas para seu lado".
E como sabemos, o tema está longe de se esgotar.
Mil bjos,
Calu
Sandra,
ResponderExcluirComo sempre, seu estudo é profundo e muito interessante, e mesmo que nunca tenhamos ouvido nada a respeito, mostrado às luzes da psicologia e literatura reunidas, tornou-se algo que me instigou a rever este filme agora. Acho que vi há tempos pela tv, mas vou ver se tem na locadora.
Agora, com esta explanação maravilhosa, verei com outro olhos. obrigada.
bjs cariocas
Olá Bom dia Sandra! Estou agradecendo todo seu carinho. È sempre um prazer passar por aqui! Estou sempre aprendendo com vc. Obrigada pelo generoso comentário! Te admiro muito! Belissimo texto... Perfeita análise! Bjos e todo carinho pra vc. òtimo dia pra vc!
ResponderExcluirBom dia,Sandra!!!
ResponderExcluirRespondi o email,mas não poderia deixar de vir aqui agradecer novamente!Me deixaste muito emocionada,com tudo que me escreveste.Obrigada!!!!
*Sabe que fiquei na dúvida entre Letras e Psicologia?!rsrsr Sempre me interessei muito pela mente humana, as manias, neuroses...rsrs
Mas não suportaria a aula de anatomia...não tenho interesse nenhum em ver um cérebro por dentro...rsrsr
MUITO OBRIGADA!!!!Guardei o email na minha pasta.
Beijos!!
Oi amiga!!!
ResponderExcluirVocê é maravilhosa, adorei saber mais sobre esse tema, gosto de ler seus post, cada vez aprendo mais!!!
Bjinhos e tenha um dia lindo!!!
Oi Sandra,
ResponderExcluirNossa que texto contagiante! Li de um fôlego só. Quando venho aqui sempre saio com um pouco mais de cultura no meu currículo. Obrigada pela generosidade.
Beijos, minha amiga.
Oi Sandra!!!
ResponderExcluirRetornando,desta feita para agradecer à sua visita e ao carinhoso comentário em meu blog.Você é um anjo,minha querida e suas palavras sempre me encantam.
Bjssssss,
Leninha
Oi, Sandra.
ResponderExcluirSuper post, hein!
Bjos.
Eu gosto cada vez mais desse blog e de você. Li esta análise com muito gosto. Admiro muito você, Sandra.
ResponderExcluirSandra!
ResponderExcluirAmiga, este filme eu não assiti.O médico e o Monstro.Miga você é demais,faz uma super análise de tudo com muito estilo de linguagem.Miga é o seguinte:Eu tenho o código que ninguém consegue colar as suas postagens com o mouse hehehe.No meu tem isto tb,e o copy.O do copyscape não dá para colocar aqui,pq tem endereço do button,eu tentei,mas não deu.Agora este código é fácil Sandra.Olha só vou deixar no outro comentário,pq eu não passo para todos Ok.Beijos e fica com Deus.Nati
Sandra....
ResponderExcluirParabéns pelo seu tão caprichado post.
Sei que caprichado é muito pouco para defini-lo.
Parabéns pela resenha, pelas pesquisas, por todo este trabalho que sei que voce teve para concluir esta postagem.
Parabéns Amiga!!
Um beijo..
Boa noite, Sandra. Muito interessante a história.
ResponderExcluirVemos aqui um caso de DPM (Distúrbio de Personalidade Múltipla).É muito agonizante para quem passa por isso. Se não é exatamente(creio que seja), tem todas as características envolvidas.
Quanto a questão da dualidade, essa sempre teremos, é natural, pois ninguém possui somente qualidades boas ou ruins, há uma mistura que dependendo do caráter da pessoa, pesará um lado mais.
O equilíbrio é o que todo ser humano vive buscando, mas em sua essência é muito difícil.
Texto contagiante.
Eu sou absolutamente APAIXONADA por psicologia, pelo estudo do comportamento humano, o que leva uma pessoa a fazer isso ou aquilo.
Enfim, tudo o que copera para o nosso auto conhecimento é interessante e produtivo, pois nos faz refletir.
O texto em si já disse tudo. Ótima escolha.
Um beijo na alma, e fique com Deus!
Hoje, vim correndo só agradecer teu carinho pelo meu niver que foi legal, em família e por aqui, com muiiiiita festa!!!beijos,obrigadão!chica
ResponderExcluirOi Sandra, uma boa análise podemos fazer em tua postagem.
ResponderExcluirEu como estudei e estudo muito sobre comportamentos humanos fico cada vez mais perplexa com certos comportamentos, ainda muita dualidade e quando vamos nos aproximando da Unidade muita coisa passa a perder o sentido pra nós.
Fica cada vez mais difícil depois que se sabe certas coisas conviver ainda com elas, mas vamos indo.
Beijos e uma ótima semana pra ti!
Oi, Pessoal...
ResponderExcluirAdorei os comentários, este estudo não teria existido sem este gênio Stevenson, ele é Demais!
Realmente, o autor mostra e confirma ao público a dualidade do Ser Humano.
Stevenson levou uns 3 dias para compor essa novela, pasmem!
No teatro [não havia cinema, heheh], o Médico e Monstro deixou o público perplexo. As autoridades começaram a relacionar a peça de Stevenson com os crimes de Jack, o estripador, pois o público ao sair do cinema relacionava a parte do Monstro a Jack, foi um Caos até que se provasse que tudo não passava de ficção, enquanto Jack agia impune e seus crimes nunca foram resolvidos, ou foram abafados, coisas da corte Vitoriana.
Stevenson foi para o Oceano de mala e cuia, novos ares, em seu veleiro...super aventura. Em Samoa construiu a "Casa Grande", lá morava ele, esposa e enteado e mais alguns parentes. O povo local convivia com ele como se o conhecessem desde sempre!
Stevenson era a Pessoa!
Abraços,