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Ao ver no Blog Sete Ramos de Oliveira 3 Posts sobre métrica, verso e estrofação, resolvi contribuir com uma análise do Poema de Cruz e Sousa usando também os elementos da Versificação, ou seja, verso, metro, ritmo, encadeamento, rima, estrofe e a forma fixa. Olhar para um Poema e sentir a Poesia vai muito além de um sentimento. Há muitos métodos intrínsecos que os Poetas usavam e/ou usam para construir belos versos e formar um Todo chamado Poema. Vejamos Cruz e Sousa:
Música Misteriosa
- Tem / da / de Es / tre / las/ ní / veas, / re / ful / gen / tes,(A)
- Que a / bris / a / do / ce / luz / de a / lam / pa / dá / rios, (B)
- As / har / mo / ni / as / dos / Es / tra / di / vá / rios (B)
- Er / ram / da / Lu / a / nos / cla/ rões / dor / men / tes (A)
- Pe / los / ra / ios/ flu / í / di / cos, / di / luen / tes (A)
- Dos / As / tros, / pe / los / trê / mu / los / ve / lá / rios, (B)
- Can / tam / So / nhos / de / mís / ti / cos / tem / plá / rios,(B)
- De / er / mi / tões e / de as / ce / tas / re / ve / ren / tes... (A)
- Cân / ti / cos / va / gos , / in / fi / ni / tos, / aé / reos (C)
- Flu / ir / pa / re / cem / dos / A / zuis / e / té/ reos, (C)
- Den / tre os / ne / voei / ros / do / lu / ar / flu / in / do...(D)
- E / vai, / de Es / tre / la a Es / tre / la, à / luz / da / Lu / a,(E)
- Na / lác / tea / cla/ ri / da / de / que / flu / tu / a, (E)
- A / sur / di / na / das / lá / gri / mas / su / bin / do... (D)
O ano de 1893 marcou o início do Simbolismo no Brasil, e o que evidenciou este início foi a publicação de dois livros, Missal (prosa) e Broquéis (verso), sendo Cruz e Sousa o autor de ambos.
É do livro Broquéis o poema “Música Misteriosa”, escolhido para esta análise.
Cruz e Sousa marcou o Simbolismo pelo seu subjetivismo, “sugerindo” nos poemas toda a sua desilusão com a vida. O pessimismo transparece a dor existencial.
Com uma linguagem vaga e fluida, o poeta remete o leitor ao místico e à religiosidade, e retoma elementos de uma tradição romântica. Porém é comum o interesse de Cruz e Sousa por áreas profundas da mente, como o inconsciente e consciente. A presença do mistério, do noturno e da morte são constantes.
O poema Música Misteriosa é um soneto, ou seja, quatorze versos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos.
Os versos são decassílabos, dez sílabas poéticas, ora são heroicos, acentuados na sexta e décima sílabas, exemplos na primeira estrofe o (v.1), na segunda estrofe, os versos (12, 13 e 14). Ora são sáficos, acentuados na quarta, oitava e décima sílabas, são exemplos na primeira estrofe os versos (2, 3 e 4 ), na segunda estrofe ( v. 8) e na terceira estrofe, ( v.10 e v.11 ).
As rimas finais, externas, em cada estrofe são: (ABBA), (ABBA), (CCD) e (EED). Sendo respectivamente interpoladas (ABBA), novamente interpoladas (ABBA), emparelhadas (CC/EE) e cruzadas (DxD ).
Os versos são graves, uma vez que são acentuados nas palavras paroxítonas. Apresenta sequência de rimas ricas, ou seja, classes gramaticais diferentes. Como exemplo nas terminações dos versos (2 e 3 ), “alampadários / Estradivários”. Nos versos (6 e 7 ), “velários / templários”. Sendo estas rimas consoantes, ou seja, apresenta semelhança de consoantes e vogais.
Nos versos (12 e 13), “lua / flutua”, com exceção de ser rima consoante e sim tonante, uma vez que só apresenta semelhanças na vogal tônica.
Há existência de rima pobre, classes gramaticais iguais, esta é em número maior, exemplos na primeira estrofe, (v.1 e v.4), na segunda, (v.5 e v.8), na terceira (v.9, v.10 e v.11) e na quarta estrofe no (v.14).
Há sugestão no poema de mistério e de harmonia da música. Descreve uma viagem aos astros, ao som misterioso que emanam os violinos, “As harmonias dos Estradivários” (v.3) / “Eram da Lua nos clarões dormentes...” (v.4) / (...) / “Dos Astros, pelos trêmulos velários” (v.6) / “Cantam Sonhos de místicos templários”, (v.7).
Tratando em nível lexical, o vocabulário do poema apresenta nível culto, sendo compreensível. Além de apresentar alguns verbos no presente. “Erram (v.4) / Cantam (v.7) / Fluir (v.10) / Parecem (v.10) / vai (v.12) / e Flutua” (v.13), alguns estão no gerúndio, “fluindo (v.11) e subindo (v.14), dando ideia de continuidade da ação.
Alguns substantivos aparecem sob a forma de maiúsculas para dar valor absoluto aos termos, são eles: “Estrela (v.1 e 12) / Estradivários (v.3) / Lua (v.12 e 14) / Astros (v.6) e Sonhos” (v.7).
O poeta faz sua morada no espaço entre os astros e nebulosas. Faz alusão permanente entre o claro e o escuro. Entre sonhos e delírios. Estas sugestões de antíteses mostram que o poeta se debate entre ser negro e querer ser branco. “Estradivários”, ou violino é a forma velada de ser da cor do ébano em contraposto, que espiritualmente é da cor da “Lua”.
A descrição de Cruz e Sousa é onírica, representa a imaginação ou o seu mundo dos sonhos. São desejos contidos que através dos sonhos transpassam um limite imposto por ele mesmo. O sonho é a liberdade em sua totalidade. É a fluidez ou a manifestação do desejo da alma em transcender.
Outra característica do Cisne Negro é o uso constante de adjetivos ou adjetivação dos termos para caracterizar ou atribuir conceitos e qualidades ou dar maior expressão aos sentimentos. Alguns exemplos: “refulgentes (v.1) / alampadários (v.2) / dormentes (v.4) / diluentes (v.5) / velários (v.6) / reverentes (v.8) / aéreos (v.9) / etéreos” (v.10)
Os adjetivos deste poema reforçam características simbolistas. Estas palavras povoam ambientes de alucinações e manifestam a sensibilidade e o psicológico.
O ar é nebuloso, seres etéreos habitam as camadas obscuras e profundas da mente. É o desejo do vago, do espaço e da dormência. Dentro de uma cosmovisão, o poeta visiona os estranhos materiais da atmosfera. É enebriado pelo éter que atravessa a moral, o secreto e o subterrâneo da alma. Assim livre e diluído no espaço os sonhos e as fantasias dão vasão ao esquecimento da dor da existência.
O Dante Negro tinha verdadeira obsessão pela cor branca ou tudo que remetesse a essa cor e aos brilhos. Em Música Misteriosa há palavras de forte conotação com a cor branca como “níveas (v.1) / lácteo” (v.13), e palavras em alusão aos brilhos como “luz (v.2 e v.12) / clarões (v.4) / raios (v.5) / luar (v.11) / claridade (v.13) / astros (v.6) e estrelas” (v.1 e 12), essas palavras evidenciam resultado de um estado da alma, sendo que o poeta traduz ou esgota em todas as possibilidades a cor branca, esta é fortemente associada à ausência de cor. Esse fascínio ou paradoxo é a dor de não aceitar sua cor. O drama inicial de toda a problemática do poeta.
O paradoxo em Cruz e Sousa é que, sendo negro, ele foi ocultar suas origens em uma escola que se traduz num véu branco sugestivo. Se não pode elevar-se pela cor, ele próprio diminuindo-a elevou-se em espírito.
O branco ilustra os versos, dá claridade aos tons sombrios que o poeta desenha. Neste jogo de luz e sombra é que aparece o brilho caleidoscópico intenso pulverizado das estrelas, da lua e dos astros.
A luminosidade cromática é feita de tons alvos e traduz o sentimento ou a sensibilidade do poeta pelos matizes da esfera transcendental. Seu impressionismo resgata as cores e nuances deste universo.
Em nível sintático o poema nos dá a impressão que tudo está acontecendo, em que tudo ao presente pertence, uma vez que em nível lexical mostra os verbos no presente e gerúndio.
A utilização da técnica do encadeamento ou “Enjambement”, ou seja, quando o sentido da frase se interrompe no verso e completa o sentido no verso seguinte se verifica nas seguintes estrofes. Na primeira estrofe, “Tenda de Estrelas níveas, refulgentes” (v.1) / “Que abris a doce luz de alampadários”. (v.2) e “As harmonias dos Estradivários” (v.3) / “Erram da Lua nos clarões dormentes...” (v.4). E na segunda estrofe é exemplo, “Cantam Sonhos de místicos templários”, (v.7) / “De ermitões e de ascetas reverentes”. (v.8)
Ao final de alguns versos há o aparecimento de reticências, “(v.4) / (v.8) / (v.11 e v.14)”, sugerindo a omissão de um ou mais termos, ou algo que poderia ser dito. Fica a impressão da linguagem vaga e fluida remetendo o leitor ao cosmo, dispersando-o na fantasia das palavras, aquele misterioso sopro que vai, num universo, em atmosferas visionárias.
Já em nível semântico algumas palavras nos versos como exemplo: “doce / luz / cantam / sonhos” mostram o uso de sinestesias, “Que a brisa doce luz de alampadários” (v.2) nos dá a sensação de tato, paladar e visão. E o verso “Cantam Sonhos de místicos templários” (v.7) deixa claro o uso da audição e visão.
A presença da metáfora é notada, “Tenda de Estrelas níveas, refulgentes” (v.1) e “As harmonias dos Estradivários” (v.3). Há o uso da metonímia, “As harmonias dos Estradivários” (v.3) e o hipérbato, “Fluir parecem dos Azuis etéreos” (v.10).
As figuras sonoras marcam em Música Misteriosa a forte característica da estética simbolista, a aliteração é uma delas, “PeloS raioS fluídicoS, diluenteS”. (v5). “DoS astroS, peloS TrêmuloS velárioS” (v.6). “CanTam SonhoS de míSTicoS TemplárioS” (v.7) e “CânTicoS vagoS, infiniToS, aéreoS” (v.9).
Observa-se também as assonâncias: “TendA de EstrelAs níveAs, refulgentes”(v.1), “E vAi, de EstrelA A EstrelA, A luz dA LuA”(v.12), “NA lÁcteA clAridAde que flutuA”(v.13) e “A surdinA dAs lÁgrimAs subindo”(v.14).
Para ser verificado a métrica do poema, ou para fazer a escansão é preciso dividi-lo em sílabas poéticas, e para isso é necessário utilizar alguns recursos como a sinalefa, elisão, crase, sinérise, diérise e outros. O poema Música Misteriosa conta com alguns desses recursos, no momento observa-se as sinalefas e crases.
No segundo verso aparece sinalefa na primeira e sétima sílabas, e no oitavo verso, na quinta sílaba. E a crase no primeiro verso da terceira sílaba. Também no décimo segundo verso, na terceira e sétima sílaba.
A preferência pelas formas fixas, neste caso, o soneto, e uma grande preocupação com a métrica, faz identificar em Cruz e Sousa características nítidas do Parnasianismo, uma vez que o poeta fazia com maestria a métrica.
Para conseguir musicalidade, cadência, efeitos de harmonia, o poeta fazia cair na sexta pausa a sílaba tônica de uma palavra esdrúxula, ou seja, uma proparoxítona, colocada estrategicamente em um verso heroico.
Em Música Misteriosa fica claro o jogo de palavra entre música e poesia, inseparáveis. Com a evolução natural dos artistas, cada qual segue seu estilo, porém o espírito humano não distingue esses dois elementos separados. A poesia e a música fazem essa ligação do mundo interior com o exterior.
O Simbolismo é a escola da musicalidade e a poesia é a arte dos sentidos.
(v.) leia-se: verso
Sandra Puff
Boa noite meu sapatinho de cristal!
ResponderExcluirSaudades mil...mas fazer o que!Vamos falando dela sempre,kkkkkkkkkk
Menina do céu!Lendo esse post achei que ia enlouquecer,kkkkkkkk,mas logo voltei ao normal...pensei duas vezes e vi que isso não é mais prá mim.Acompanhei os post do Rodolfo e me embaralhei toda,kkkkkkkkkk,aqui tbm querida.
Eu continuar escrevendo palavras soltas nascida da alma...é assim que me vejo,então vou continuar me iludindo achando que escrevo,mesmo sabendo que não escrevo nada ,kkkkkkkkkkk
Deixo prá ti um beijo do tamanho da minha saudade!
Oi, Sandra! Bom saber que não sou a única dinossaura na internet que aprendeu versificação. :) Também gosto do Cruz e Souza. A análise que você fez foi ótima. Parabéns!
ResponderExcluir...a poesia é sim a arte dos sentidos.
ResponderExcluire eu vejo poesia num campo
de margaridas,
assim como tbm no canto de
um bem-te-ví.
ah
e vejo tbm é claro,
poesia na tua alma linda!
bjjjjjjjjjjjjjjjjj
Querida bela contribuição.Analisar um poema de Cruz de Souza realmente exige muita disposição e conhecimento.Parabéns!Sou fã de Cruz de Souza.Seus poemas me cativam por sua musicalidade, apesar de transmitirem o lado triste, misterioso e soturno da mente.
ResponderExcluirMeu gostar e apreciar é produto da sensibilidade e amor as palavras, mas tecnicamente não possuo conhecimento para uma análise apurada como a tua.Obrigada pelo belo presente que nos brinda com esta tua postagem.
Felicidades sempre.Eloah
E eu achando que sabia um monte de palavrões... bem que meu pai dizia pra não cutucar onça com vara curta.
ResponderExcluirMoça, se a gente não espantou todo mundo, talvez tenhamos aliciado alguns prosélitos para esse mundo mágico da literatura e da poesia. Sempre haverá uma ou outra mosca que grude no mel. Parabéns pela análise primorosa.
Beijos.
Oi minha querida...realmente é fascinante tudo isso...este sim é um Poeta de verdade, porque eu, apesar de até ter aprendido versificação na escola, não aplico regra alguma quando escrevo, mas como sempre digo, não sou escritora, nem poetisa, sou uma pessoa que deixa a alma livremente se expressar, mas sei admirar quem o faz com tamanha beleza, seguindo métrica e outros recursos mais. Meus aplausos ao Cruz e Souza e seu maravilhoso poema, que foi mais do que versos bem feitos, tornou-se tal qual música mesmo.
ResponderExcluirSandra, também não gosto quando tenho que deixar a Julie no petshop, tomando banho e tosando, a casa fica tão vazia rsrsr...as fotos dela estão lá no outro blog, EncantoEmPalavras, abaixo do cabeçalho, tem um aba FOTOS, lá você vai poder encontrar a Julie.
Beijos meus e beijinhos da Julie pra você e pro Mr. Pingo que logo mais vai voltar lindo e perfumado rsrrs...
Valéria
Puxa, tu és muito estudiosa e interessada. Gostei de ver tua aplicação! beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirOi Sandra,muito legal essa análise, eu escrevo alguns Sonetos, Indrisos, Acrósticos etc, mas nunca me prendo muita a forma, rimas e outros quesitos e sim escrevo com a alma.
ResponderExcluirNão sou de seguir regras você sabe rsss e a beleza de um poema ou texto está no conteúdo que ele passa, mas admiro muito quem usa de todos esses recursos pra contruir seus versos.
Tem muita gente que diz não ser poeta ou escritor, mas todos que produzem algo o são, e não devem ser modestos, até porque tem que valorizar o seu trabalho que é feito com amor e dedicação.
Como diz no final, a poesia é a arte dos sentidos, então cada um na sua criação tem suas qualidades que são únicas.
Beijos pra ti e um fim de semana de paz e harmonia!
Olá Sandra
ResponderExcluirExcelente post, uma matéria que nos mostra como a matemática faz parte das nossas vidas, tanto que no que diz respeito à poesia, à música e a tantas outras coisas.
Beijos
Olinda
Boa noite amiga!
ResponderExcluirVê se você está conseguindo acessar meu blog sem problemas. Pois me parece que alguns não conseguem entrar e o navegador chrome acusa vírus. Por favor tenta e me avisa. Eu entro normal e não acusa nada, não uso esse navegador, só firefox e explorer. Se estiver acusando quando vc entrar me fala!!!!
Um beijo XD
SANDRA QUERIDA,
ResponderExcluirPARABÉNS E OBRIGADA!
APRENDI MUITO COM O SEU POST... UMA AULA BEM INTERESSANTE. MUITO LEGAL!
BEIJOS E FIQUE COM DEUS!
Uma belíssima análise da poesia de Cruz e Souza.
ResponderExcluirDá-me a impressão, pelo que você fala e o que a poesia apresenta que existe um grande contraste entre o ser e o querer ser.
Beijos e tenha um belo fim de semana.
Menina,
ResponderExcluirque passeio fantástico pela poesia de Cruz e Souza.O que eu achei que estivesse totalmente esquecido a respeito de métrica e rima, foi aparecendo lá no fundinho da mente, trazendo recordações da mais absoluta revolta contra a professora exigente que queria um soneto autoral do tipo heróico como um dos trabalhos finais do 2ªano(do meu tempo)ensino médio.Horas, dias de suor, lágrimas e imprecações,kkkkk, mas consegui amealhar um 7/5 no ítem.Ufa!
Depois disso, não me atrevia a nenhum versinho que pretendesse puxar um soneto.Só, agora, cinquentona, desprendida, gostando muito de trocar boas palavras, me atrevo a ofender os parnasianos com minhas brincadeiras de rimar.Espero que eles me perdoem, porque não quero, na vida p/ além, levar um pito "daqueles",kkkkk!!
Esta belíssima e clara exposição da escola simbolista, apresenta as regras e os sentidos de uma raiz poética que tange as fibras d'alma.Aprendi muitíssimo sobre a pessoa do poeta,de quem desconhecia tantas peculiaridades apontadas por teu dedicado estudo, Sandrinha.Meus aplausos entusiasmados, clap, clap, clap...
Bjkas,
Calu
PS: Me acabei de dar risadas com teu comentário lá no Fractais. Fique ciente que todos nós temos um T.O.C.de estimação, mas não é agressivo,kkkkk!
Bjos de novo!
Oi, Sandra, foi bom passar por aqui. Um beijo de luz!
ResponderExcluirSandra querida,
ResponderExcluirParabéns! Que aula bonita! Você despertou saudade na professorinha já quase esquecida em mim. E tudo foi sendo lembrado! Excelente trabalho! E também excelente fim de semana! Girassóis nos seus dias. beijos
Oi, Sandra!
ResponderExcluirTô voltando de merecidas férias pela Espanha e deparo-me com esta análise tão bem feita de métrica e rimas. Nossa, há tempos não via nada sobre este assunto e até gostei de relembrar o que aprendi no Clássico e depois na faculdade.
Você, muito além da ótima professora que é, explica de forma abrangente e cuidadosa tudo isso, parabéns!
beijinhos cariocas
OLá minha amiga Sandra! Muito bem elaborado sua pesquisa,você desbravou muito bem,dando conotações, o que vai na alma de um poeta.Eu por ex.me encaixo em vários,como o luar,estrelas,mar,e vai fluindo.Qdo escrevo,não penso muito na gramática,vai surgindo,depende muito do estado de espirito,ou do que vi na vida real, ou que estou sentindo no momento.Parabenizo Cruz de Souza,explicando a simbologia.E vamos que vamos,escrever faz bem para a alma, que não cala,mesmo que seja uma frase.Um bom final de semana Sandra.Beijos!! Meu carinho por você.Ah, saudades da sua presença no meu blog.Adoro qdo vc vai lá no cantinho da poesia.
ResponderExcluirQue grande aula!
ResponderExcluirValeu!
Pois...muitas horas perdidas( ganhas ) a fazer análise ideológica e formal dessa poesia.
ResponderExcluir...E foi assim toda a minha vida...
Por isso, apreciei demais.
Bjis
Bom domingo!
ResponderExcluirSaudades mil!
Bjssssssssssssssssssssss
Voltei ´pra te3 agradecer o lindo e tão carinhoso comentário por lá!ADOREI! beijos,linda semana,tudo de bom,chica
ResponderExcluirQuerida obrigada pelas palavras lindas que deixastes impressa no Blog da Severa a nosso respeito.No que se refere a mim digo-te que tento ser tudo o que dizes que sou, mas nem sempre tem sido fácil.A vida não brinca comigo. Tens razão quanto a Baby, ela tem sido a minha fiel companheira.Nem todos entendem isto, mas você com certeza e o Bentinho tb.
ResponderExcluirSaio daqui com a certeza que tenho, mesmo a distância, encontrado amigas maravilhosas e que emprestam a minha vida um novo brilho.Bjs Eloah
Bom feriado meu sapatinho de cristal!
ResponderExcluirVc é 10...encanta todos com seu carinho e demonstrando sempre um jeito de quem não sabe nada(sabe tudo)e vai levando a vida com seu jeitinho mais simples possivel.e eu para te admirar e dizer que és uma amiga legal,kkkkkkkk,tou por ai de olho nos seus comentários e admirar sempre seu talento.
Bjs minha linda flor de primavera!
Sandra,
ResponderExcluirmomento cochicho II...adorei tua companhia no cafézinho.São instantes em que o sabor se agrega ao saber, ou pelo menos ao querer saber, e nos reúne à volta de um centro de equilíbrio sustentado no simples ato de sorver e observar.Amo café e os cafés,que começam a se multiplicar aqui na cidade.
Espero que tenhamos muitos encontros como esse , mas que em todos eu contribua com claridades, viu?
Bjkas estaladas,
Calu
Boa tarde, Sandra. Parabéns pela postagem. Havia escrito um comentário ótimo para você, infelizmente a internet caiu.Tentarei resumir.
ResponderExcluirCom certeza eu não escrevo seguindo métricas nos poemas, até mesmo porque eu não tenho o domínio de tudo, procuro escrever o que a inspiração dita.
Tenho muita preocupação quando trata-se de sonetos, pois como eu gosto muito, já fiz alguns, mas para isso estudei nos livros de sonetos de Vinícius de Moraes e outros, conversei com uma poetisa e escritora, professora de Letras. Um amigo nosso sonetista, disse que ele se preocupa mais com os decassílabos, citando a diferença entre os nossos sonetos, citando que via beleza nos meus, e houve quem dissesse que as rimas estavam perfeitas. Enfim, eu sempre tive a preocupação de fazer o certo em se tratando dos sonetos, mas com certeza, ou talvez tenha alguma coisa errada.
Grandes nomes faziam o chamado "soneto de pé quebrado".
É complicado entender tudo. Essa professora amiga, até me passou link que falava sobre o assunto, confesso que ainda não li.
Vejo que hoje em dia não se tem a preocupação exacerbada com isso.
Não vejo mal em se fazer poemas sem sempre haver uma rima. O conteúdo importa muito, mas você enquanto professora, entende de um outro modo.
Caso tenha um tempo hábil, peça que através de e-mail escreva o que tem de errado nos meus sonetos, se achar algo.Rs!
Peço que vá ao meu blog, e os leia, por favor. Obrigada.
Um beijo grande, e fique com Deus!
patricia-pinna@hotmail.com
Oi Sandra, tudo bem minha flor?
ResponderExcluirMenina! Sabe que também não gosto de mexer com camundongos, ratos brancos, tenho horror. Fui apaixonada por psicologia, mas desisti com a poeira do caminho, não pela bicharada, mas por um leão devorador. De volta e meia, ele ainda tenta passear no meu caminho. Gostei da sua postagem como sempre... Isso que é ser Mestra em Literatura, uma aula assim não é para qualquer um... Ainda bem que não sou poeta, nem escritora, e nem costumo aplicar regras quando escrevo... E não publico no meu blog meus poemas, minhas poesias, meus versinhos imaginem! Você aparece por lá, me reprova na hora, sorrindo! Pra ser sincera, quando escrevo minha alma e sem métrica, sem rimas e sem direção, quando vejo já foi... Apenas uso a minha sensibilidade, meu coração, e não uso nenhuma correção... Sou fã do Cruz e Sousa desde tempos de colégio, tinha um blog que era o refugio de meus sonhos e La só postava poesia de grandes poetas, e Cruz e Souza era uns dos mais postado por lá. Pena que não atualizo mais o blog e, foi desativado. Gostei muito de aprender um pouco com seu post. Obrigada pela aula! Sobre o que você falou, as pessoas falam com o coração assim como “eu”, acho isso maravilhoso, por isso gosto tanto de blog-ar... As minhas postagens publicadas são exatamente o que acho que poderia ser importante para uma reflexão na nossa vida... Não propriamente o que posso estar passando no momento. Menina linda e maravilhosa deixo beijos de carinho no teu coração, e besitos no Pingo Bentinho.
Ótima semana!
Não sei se meu comentário foi ou não...
ResponderExcluirAmanhã eu volto pra ver.
Beijossss
...bom dia, anjo!!
ResponderExcluirseus comentários lá em casa
elevam minha alma nas alturas
da alegria.
êita ego danado que tenho!!
rsrs
beijo grande, flor de formosura!
Oi querida!!!
ResponderExcluirEu achei o máximo, eu gosto muito de poesias e poemas!!!
Estou lendo o livro " A menina que roubava livros", estou gostando!!!
Bjinhos e tenha um dia maravilhoso!!!
Olá,Sandra!!
ResponderExcluirConfesso que não entendo nada de métrica, só sinto a poesia.
Se ela chega ao meu coração,faz sentido e minha alma se ilumina.Não consigo analisar friamente...rsrsr Mas aprendo!!
Adorei!beijos querida!Tudo de bom!
Belíssima aula,Mestra(ou seria Mestre?),conduzindo-me de volta às aulas de minhas amadas freiras...como eu gostava e bebia sofregamente todas as suas palavras.Depois,fui beber de outras fontes,deixando de lado a minha paixão...enveredei pela Pedagogia,mas não perdi o amor pelas Letras.
ResponderExcluirObrigada pela visita,amiga.
Bjssssss,
Leninha
OI Sandra, boa tarde!
ResponderExcluirVim agradecer o comentário super gentil que deixou no blog do Rodolfo em razão de meu aniversário.
Tu és observadora e gosta das coisas bonitas e elegantes (como eu). A começar pelo nome do teu blog que é pra lá de classudo!
Agora que já nos conhecemos, fico grata em saber-te professora e tenho certeza de que irei contigo aprender mais sobre literatura e a arte de poetar.
Qdo puder venha me visitar, será um prazer!
super beijo neo-amiga!
=D
Amigos!
ResponderExcluirFelicíssima com os comentários nesse post teórico, rss.
Quero dizer que concordo com todos aqui quando dizem que escrevem com a Alma, que se deixam levar pelo momento, pela fluidez dos sentimentos e emoções que ficam registradas sem a preocupação formal com teorias.
É digno lembrar que nos séculos passados usava-se assim o fazer poemas, a regra era essa, e sobrou para os professores repassar essa Arte, ainda bem que gosto, pois, confesso, é complicado, mas nada difícil quando sabemos a fórmula.
Agradeço a todos, ao R.R. que começou a temática no Blog dele, a Lu, uma nova Amiga e todos que sempre são tão Amigos!
Vou fazer um post para a Patrícia...
Bj,
Oi, Patrícia Querida,
ResponderExcluirLi seu comentário, que você gosta de Sonetos, que faz Sonetos, porém, como você escreveu "Com certeza eu não escrevo seguindo métricas nos poemas, até mesmo porque eu não tenho o domínio de tudo."
OK. Vamos lá.
Sobre Sonetos. Há vários modelos:
Soneto Italiano, de Petrarca
2 quartetos e 2 tercetos
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Soneto Inglês, de Shakespeare
3 quartetos e um dístico
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Soneto Monostrófico, ou seja, Uma estrofe de 14 versos.
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Soneto Estrombótico ou Irregular, de Cervantes
2 quartetos e 2 tercetos, porém o poeta pode "extrapolar" com 1 ou mais versos, conforme queira.
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Para seus Sonetos e Estudos sugiro um livro:
CAMPOS, Geir. Pequeno Dicionário de Arte Poética. Rio de Janeiro: Ediouro, 1960.
Você comenta sobre Soneto do pé quebrado. Em poesia a palavra "pé" é considerada uma unidade rítmica do poema, ou seja, o ritmo confere a quantidade de sílabas que determina a métrica em cada verso, seja as sílabas tônicas[fortes], ou átonas[fracas].
O "pé" está relacionado ao rítmo desde que, na antiguidade, quando se recitava um poema, usava-se uma "Lira" como acompanhamento do poema e, para acompanhar o instrumento o tocador usava o pé para acompanhar o ritmo, as pausas, as tônicas. É daí que vem o nome.
Lembro também que foi Vinícius de Moraes que resgatou o Soneto tal qual ele era nas Escolas Literárias dos séculos passados.
Já li vávios poemas seus, são lindíssimos, claro que entendo e concordo que você queira melhorar, ótimo, mas lembre que você tem um estilo e escreve com Alma, sentimento, não vejo necessidade da métrica, rimas, etc...crie seu estilo.
Espero ter ajudado.
Abraço,
Boa noite,Sandra.Obrigada pela sua gentileza em responder, em ser tão atenciosa. Verei o livro, e quando estiver comigo eu te digo.
ResponderExcluirQue bom que você gosta do que escrevo, fico muito honrada, mas de fato, informação nunca é demais.
Um beijo grande, e volto com mais calma.
Fique com Deus!
Que legal ver um blog e tanta gente aqui lendo e refletindo sobre uma estética que foi, por muitos anos, praticamente desconhecida, mesmo sendo fabulosíssima e única. Nem só de coisas mundanas vive o homem, que além da frágil carne, é também mente e, para alguns, espírito. Parabéns pela postagem, Sandra. João da Cruz e Sousa, o profeta menosprezado, tinha razão: "Mas os teus Sonhos e Visões e Poemas/ Pelo alto ficarão de eras supremas/ Nos relevos do Sol eternizado". Viva a obra do poeta!!
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